Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?

Todos os anos, ao chegar o mês de abril, inicia-se as preparações para a Páscoa, e logo vem a grande pergunta: "Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?”. Entretanto, será que esse evento só se resume em se divertir com muitos chocolates e, talvez, brinquedos?

Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?

Muito além dos ovos de chocolate, a Páscoa em Cristo, libertação e vida eterna.

A comemoração dessa data não é recente e vários povos celebravam ela de maneiras semelhantes ao longo da história. Sendo assim, diversas comunidades davam graças pela mudança da estação que acontece nesse tempo. Inclusive, os elementos de “coelho” e “ovo”, ideias oriundas dos antigos povos germânicos, remetem a um tempo de fertilidade e vida, ou seja, um período de muita produção agrícola. Vale a pena destacar a celebração judaica e cristã sobre esse momento, pois elas exercem grande influência em nossas vidas e possuem um significado muito distinto de todas as outras culturas.

Segundo a tradição judaica, por volta de 1300 a.C, o povo hebraico se encontrava como escravo no Egito, situação que durou aproximadamente 400 anos, até o momento em que Moisés recebe a missão de libertar seu povo e, para auxília-lo, Deus manda dez pragas diferentes até o povo sair daquelas terras.

A décima praga foi o ponto definitivo para a saída do povo. Por insubordinação do Faraó, Deus enviou “o Destruidor” para matar todos os primogênitos daquela região. Contudo, os hebreus precisariam sacrificar um cordeiro perfeito e passar o sangue deste animal nas laterais e vigas das portas de suas casas, de modo que, somente assim, estariam protegidos. Após fazerem o que foi ordenado, o povo celebrou a festa da “Páscoa” naquela noite, para celebrar a libertação, e, depois, realizaram o êxodo do Egito.

Já no Cristianismo, o contexto judaico faz alusão a Cristo, o qual ainda estava por vir. Dessa maneira, às mesmas estruturas presentes na época do Egito se repetem no ministério de Jesus: a presença do “cordeiro perfeito” e o Seu sangue como livramento da morte, a ideia de libertação da situação de escravos e a ida para uma terra prometida, agora, não mais como uma solução provisória, mas sim, uma resposta definitiva e eterna.

Cristo é o cordeiro perfeito que, através do seu sangue derramado na cruz, nos livrou da morte, trazendo-nos verdadeira vida. Ele não apenas nos liberta da escravidão de um rei, mas nos liberta também do domínio do maior tirano de todos os tempos, o pecado, e nos guia até a “cidade celestial”, onde não existe mais choros e nem escravos.

Por isso, não há problemas em comer os deliciosos ovos de chocolates na Páscoa, caso você não seja diabético e nem exagere, mas isso não é tudo. É sempre bom relembrarmos o real significado desta data que, para o cristão, é a comemoração da completa obra redentiva do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Boa Páscoa!

Gabriel Branco

Gabriel Branco

Gabriel Branco de Moraes, presidente da Federação de UPAs de Santo André em 2022 e 2023; Segundo secretário da Sinodal do Grande ABC (2021-2023)

Compartilhe ; )

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email

Fique por dentro de tudo que acontece na IPJI

Não perca nada! Receba novidades por e-mail

Faça parte do nosso grupo Oficial no Whatsapp